Muitos negócios de médio e pequeno porte, administrados por seus fundadores, sofrem de uma gestão financeira que pode ser caracterizada como míope. Frequentemente, a gestão é baseada na administração de caixa, levando a decisões que respondem aos sintomas, não às causas. Como resultado, os empresários, na maioria das vezes, não têm clareza sobre quais iniciativas estão sendo bem-sucedidas ou falhando do ponto de vista financeiro, aumentando consideravelmente o risco para a continuidade do negócio.
Devido à sensibilidade à fraude, os empresários frequentemente delegam as atividades financeiras a indivíduos de confiança ou centralizam essas responsabilidades neles mesmos. No entanto, muitas vezes, a pessoa escolhida carece das competências necessárias para gerenciar eficazmente os processos e as equipes financeiras. Dado que, em muitos casos, os empresários também podem não possuir as competências essenciais em gestão financeira, eles podem não estar cientes da falta de habilidades técnicas e comportamentais em seus gestores financeiros.
O empresário reflete suas práticas financeiras pessoais na gestão da empresa, reproduzindo comportamentos individuais no âmbito corporativo. Comportamentos inadequados, como decisões excessivamente racionais ou gastos impulsivos, podem impactar negativamente a empresa. Por exemplo, um empresário centrado no custo-benefício pode hesitar em investir adequadamente, prejudicando o crescimento. Enquanto isso, um gestor gastador pode retirar recursos sem considerar o impacto, elevando o risco financeiro da empresa.
Além disso, muitos empresários enfrentam dificuldades ao reduzir custos quando necessário, especialmente quando envolve demissões. Mesmo diante de resultados insatisfatórios, alguns acabam sucumbindo à síndrome do otimismo exagerado, levando a decisões extremas. Pois acabam contratando dívidas onerosas.